quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Perdões mil.

E culpado é uma palavra tão forte para dizer. Para dizer:

Eu não queria. Juro. Quando disse o que disse, quando pensei o que pensei ou senti o que senti, não era o que queria. E juro. É saber que não pude controlar nem meus dedos nem pensamentos, nem meus olhares, nem minhas fugas. Era noite, era dia, era você, a todo momento. E isso é tão piegas quanto dizer que te esquecerei esse final de semana, que não farei carinho nos seus cabelos, que não vou olhar seu sorriso até fotografá-lo e tê-lo memória eterna. E seu sorriso, e seu sorriso. Seu sorriso existe no quando que espero durante as manhãs. Existe quando silencio, porque só esse mesmo sorriso me emudece. E sei que não devo dizer isso, que não devo...Alguma coisa diz que nada devo. Nem a ninguém, nem a ninguém. E penso que é domingo, que há uma espera entre o dia santo e entre os dias que te vejo. E te ver todo dia é ainda esperar. Uma espera grande, enorme. Tamanho de cada abraço. Tamanho pequenino. De caber no meu peito ou em um frasco. E eu não queria, juro. Ter em mim algo desse jeito, tanto sentimento e tanto absurdo.

Um comentário:

Bruno Credidio disse...

Lindo, Leti, lindo mesmo. Não sabia que escrevia tão bem, nem que tinha um blog! Vou marcar o seu blog no meu, se quiser dá uma olhada.
Esse seu texto me lembra muitos dos meus fins-de-semana vazios, aqueles que ficamos deitados olhando pro teto, perdidos em sonhos... Perdidos em medos, em arrependimentos. Presos por um incômodo no peito que não sai pelas lágrimas ou são esquecidos. Até que vejamos, finalmente, aquele sorriso outra vez, que aquele abraço nos envolva, nos isolando desse mundo tão estranho.
Temos muito o que conversar, hihi!