terça-feira, 1 de junho de 2010

ar!

se você me respira, arrepio.
se me arrepio, te respiro.
e suspiramos tão próximos
e suspiramos tão próximos
tão próximos
tão próximos

que se você me arrepia,
eu nem respiro.

domingo, 30 de maio de 2010

bem fechados.

de olhos: um tanto.

Cerveja, chuva, beijo e te amo.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

pertubador.

Le jeudi est mon jour préféré de la semaine.

Merci, amour.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ver-te: merci.

Nem lembro: os dias passavam e eu, já sem tempo, não olhava mais. Ou olhava. Ou não olhava.
Ou olhava e não via.
Nem lembro: havia uma varanda, havia um horizonte, havia. Havia tudo e tanto e você tudo mirava, com uma seriedade de outros tempos, com seu silêncio inabalável, com sua paz atormentada.
Nem lembro: esperei a chamada, descobri seu nome, suas pernas, sua rotina.

Te escrevi, amor, e isso não tem como esquecer.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Ilusão de óptica.

Você sorri e sei que você sorriu porque você sorri como se calasse
e faz silêncio como quem sorri.
Você sorri e seus olhos também sorriem e sei que sorriu
porque olha como se tocasse o tempo e abraça como quem sorri.

E todo o sorriso é um sem-jeito,
um desencontro dos olhos, dos silêncios, dos abraços, das horas.

Naquela esquina, há um encontro - que não é mais ilusão de óptica.

Medos e outros detalhes.

Abril que é abril é assim: outono, muita chuva e algum amor na esquina.
E o problema é justamente esse: eu nunca estou pronta quando te vejo.
Tenho medo de tudo isso e de tantos outros detalhes.

sábado, 24 de abril de 2010

"Fragmentos de um Discurso Amoroso"

"[...] o discurso amoroso é hoje em dia de uma extrema solidão."

Roland Barthes.