Nem lembro: os dias passavam e eu, já sem tempo, não olhava mais. Ou olhava. Ou não olhava.
Ou olhava e não via.
Nem lembro: havia uma varanda, havia um horizonte, havia. Havia tudo e tanto e você tudo mirava, com uma seriedade de outros tempos, com seu silêncio inabalável, com sua paz atormentada.
Nem lembro: esperei a chamada, descobri seu nome, suas pernas, sua rotina.
Te escrevi, amor, e isso não tem como esquecer.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
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Um comentário:
você tá abandonando o ramo das coisas esquecíveis; assim o blog vai acabar perdendo sua função. :)
Parábens, gentil pássaro marcante.
Abraços,
S.L.
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