sexta-feira, 30 de abril de 2010

Ilusão de óptica.

Você sorri e sei que você sorriu porque você sorri como se calasse
e faz silêncio como quem sorri.
Você sorri e seus olhos também sorriem e sei que sorriu
porque olha como se tocasse o tempo e abraça como quem sorri.

E todo o sorriso é um sem-jeito,
um desencontro dos olhos, dos silêncios, dos abraços, das horas.

Naquela esquina, há um encontro - que não é mais ilusão de óptica.

Medos e outros detalhes.

Abril que é abril é assim: outono, muita chuva e algum amor na esquina.
E o problema é justamente esse: eu nunca estou pronta quando te vejo.
Tenho medo de tudo isso e de tantos outros detalhes.

sábado, 24 de abril de 2010

"Fragmentos de um Discurso Amoroso"

"[...] o discurso amoroso é hoje em dia de uma extrema solidão."

Roland Barthes.

domingo, 18 de abril de 2010

Resistência.

Medo desse amor ser apenas cartas-bandidas e não uma correspondência.
Se soubesse que teria que praticar novas receitas para esse temporal, não estaria tão enferrujada.
Confissão tardia.

sábado, 17 de abril de 2010

Conjunturas.

A possibilidade de chover no outono aumenta em 81%
quando encontramos capricornianos a um raio de 5 km de distância - no máximo.
Na pior(melhor) da hipóteses, ambos compartilham amor pelas cores do time adversário.
A solução é verificar a procedência do horóscopo - evitar sempre o de João Bidu.
E ficar atenta para quando as chuvas cessarem.

sábado, 10 de abril de 2010

Para passarinhos.

"Vi que as andorinhas sabem mais das chuvas do que os cientistas"

(Manoel de Barros)


E vi também que em dias de chuva as andorinhas cantam mais
do que em todos os outros dias de Sol.
Amém.